Era uma vez uma raça que foi posta por seu Criador para liderar toda a Sua criação! Mas logo a raça se rebelara contra o amável Criador, dando ouvidos ao seu inimigo e derramando sangue inocente...
A partir de então se iniciou um longo período de escravidão até que o Criador prometeu uma libertação perfeita e completa, que se consumou após milênios de espera, tendo optado por “resetar” a raça outrora criada, através de muitas águas que a tudo cobriram, exceto por uma família, que teve três filhos, os quais geraram filhos e netos.
A essa família coube a tarefa de repovoar a Criação, tendo os desígnios do Criador sempre em primeiro lugar, em um relacionamento dinâmico com Ele, seguindo o bom exemplo do pai terreno.
Só que, dos três filhos, um deles desonrou seu pai, expondo-lhe a intimidade, ridicularizando-o perante os demais irmãos, tendo sido, por isso, amaldiçoado! Os outros dois filhos, fiéis ao relacionamento com o pai e com o Criador, cobriram a nudez do pai, protegeram sua dignidade, mantiveram seu exemplo de integridade, e receberam-lhe a bênção que foi por Deus honrada e mantida!
O primogênito, líder dos três, íntegro diante do Criador, deu origem a diversos povos, dentre os quais o povo separado por Deus para Si mesmo! O caçula, também temente ao Criador, deu origem aos habitantes de todas as ilhas. O filho do meio, rebelde, maldoso em seu coração, no entanto, deu origem a sucessivas gerações de homens e mulheres marcados pela impiedosa rebeldia contra o Criador e Sua boa, agradável e perfeita vontade!
Conta-se que um dos descendentes do segundo filho, usou sua inteligência para decidir morar em um agradável vale e, aproveitando-se que todos falavam uma só linguagem, assim enfrentar o Criador. Para tanto, dispôs-se a surpreender o Criador, como fizera com seu pai, ridicularizando-o, construindo uma torre que chegasse, sozinha, até o céu!
Uma vez construída, essa torre seria um marco da ciência, da capacidade, do caráter e da rebeldia da raça criada, tudo em desfavor de Seu Criador! Tudo para mostrar a capacidade do filho rebelde!
Iniciadas as obras, em uma das Suas rotineiras visitações, o Criador, que é impossível de ser surpreendido, viu não somente a extensão das obras, como também as motivações ocultas de seus corações, pelo que decidiu criar a diversidade de linguagens e de formas de pensamento a fim de salvar a raça criada!
Nessas rápidas pinceladas dos primeiros onze capítulos da Bíblia e da história da humanidade, vemos que há uma repetição de comportamentos e ênfases relacionais que precisam ser analisadas hoje:
1) A realidade da pré-existência de um Criador pleno de amor e perfeição que sempre tomou as iniciativas para buscar de volta Sua criação perdida e desesperada, morta em delitos e pecados!
2) A certeza da existência de um ser espiritual, moralmente responsável, eternamente opositor do Criador, que sempre quer trazer de volta o caos à ordem de Deus, liderando a rebeldia, produzindo a maldade e filhos híbridos nas filhas dos homens, querendo sempre distanciar a todos de um relacionamento com o Criador!
3) A perfeita debilidade humana, caracterizada não só pela suscetibilidade aos argumentos de rebeldia, como pelas inúmeras iniciativas de deliberada oposição, passando pela maldade que transmite, pela via carnal, às futuras gerações, incrustrada que está em sua própria essência transgênica e invariavelmente marcada pela iniquidade!
Sozinha, portanto, a humanidade não vai conseguir chegar muito longe! Nem todo o bom exemplo de vida, integridade e fé de Noé foi bastante para que os seus descendentes compreendessem seu legado e decidissem servir ao Senhor!
Que o Senhor Deus tenha misericórdia de nós e de nossas famílias, a fim de que o nosso legado de vida não seja o combustível de novas débeis babéis, mas sirva para que muitas arcas salvadoras sejam construídas e reconstruídas, em obediência à Sua Palavra, por amor à Sua Pessoa, para o louvor da Sua glória, mediante a Sua graça, por intermédio da fé em Jesus Cristo!
Em Jesus, em Quem aprendemos a reconhecer nossas limitações e encontramos a cura para nossa vida e família,
Carlos Henrique.
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