sexta-feira, 13 de abril de 2007

A NOSSA IGREJA E A NOSSA CIDADE!

Algumas pessoas podem até imaginar que haja algo errado com as cidades, dado ao acúmulo de maldades que se apresentam nos contextos urbanos. No entanto, não podemos ser assim tão simplórios! Achar que haja alguma maldição intrínseca às cidades é como responsabilizar os carros pelas incontáveis mortes no trânsito de cidades e estradas!
Segundo a Bíblia, não há nada de tão errado com as cidades, a não ser as pessoas que nelas habitam! O problema não é a cidade, mas está nas cidades! O problema é o pecado encarnado nos habitantes das cidades, que é muito mais fácil de ser constatado na convivência nos centros urbanos.
Como podemos ver desde o Gênesis, não foram as cidades que pecaram, mas os seres humanos, como não são os carros que erram, mas seus condutores!
O que há de errado então? Por que razão a intercessão de Abraão não foi suficiente para salvar Sodoma e Gomorra (Gn. 18.16-33)? Por que o Senhor Jesus lamentou ao olhar, de longe, para uma Jerusalém corrompida (Mt. 23.37; Lc. 13.34; Is. 1.21)?
De novo, tais exemplos de cidades foram marcados pela maldade de seus habitantes, pelo pecado que nelas superabundou, pelo distanciamento de Deus ali evidenciado em tão alto grau (Gn. 18.20; Mt. 23.1-39; Sl. 55.9)!
O que faremos, queridos, diante disso (At. 2.37b)?
Se há algo que podemos fazer para redimir a nossa própria cidade é aumentar o nosso compromisso pessoal e coletivo com o Senhor Jesus e Sua Palavra, para sermos tremendamente relevantes onde vivemos!
Cabe a nós redimir a nossa cidade (Jer. 30.18, 31.38; Dn. 9.16-19; Mq. 6.9; Zc. 8.3-5; Mt. 10.11-23)!
A estigmatizada e anônima mulher samaritana (Jo. 4.5-7) foi muito feliz no seu testemunho, imediatamente após o encontro com o Messias. Ela, literalmente, correu para os seus, cheia de entusiasmo, convidando seus patrícios, moralistas e preconceituosos, a se encontrarem com Jesus (Jo. 4.28-30). E eles, por sua vez, foram conferir que notícia tão boa era aquela, comunicada por alguém tão sem expressão, mas tão convincente (Jo. 4.39-42)!
O que há de tão especial com a mulher samaritana? Certamente que seu testemunho foi contundente o suficiente para desafiar os moradores de sua cidade a mudarem de vida. A partir de uma experiência real e transformadora com Jesus, ela se tornou relevante em sua cidade!
E nós? Que diferença estamos fazendo em nossa cidade? Mesmo que alguns de nós não se vejam assim tão pecadores como aquela mulher discriminada, por que razão a nossa cidade não nos ouve como a dela a ouviu?
Em dias nos quais, pelo Brasil afora, milhares de pessoas estão empenhadas a ir ver e ouvir, de perto, o chefe político-religioso do Vaticano, a menor cidade-estado do mundo inteiro, o que tem nos faltado? Como está a nossa relevância em meio à nossa cidade? O que temos a aprender com a mulher samaritana?
Precisamos assumir o desafio de que a nossa igreja seja relevante na nossa cidade, pois nela já há muitas pessoas prontas para a colheita (Jo. 4.34-35)!
Em Cristo, Carlos Henrique.

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